
A Prefeitura de Tauá pediu a devolução do Projeto de Lei que dispõe sobre o pagamento do adicional de insalubridade aos auxiliares e técnicos de enfermagem.
A matéria estava na pauta para ser votada na sessão de hoje(08) da Câmara Municipal, mas um Ofício encaminhado pelo Chefe de Gabinete Renato Carvalho solicitou a devolução do projeto justificando que havia a necessidade de alterações para não gerar dúvidas de interpretação no texto.
Já o Líder do Prefeito na Câmara, vereador Argentino Filho, disse na sessão virtual que o pedido de devolução foi uma orientação da assessoria jurídica da Prefeitura, temendo sanções ou até ato de improbidade contra o gestor municipal.
O pedido do executivo frustrou as expectativas desses profissionais, que estão na linha de frente do combate ao coronavírus no município de Tauá, juntamente com outras categorias. Vários vereadores também reclamaram do pedido de devolução do projeto, salientando que os auxiliares e técnicos de enfermagem recebem apenas um salário mínimo e o adicional de insalubridade melhoraria o ganho da categoria.
O Ofício não cita quando a matéria será novamente encaminhada à Câmara para ser aprovada pelos vereadores.

Projeto garantindo adicional de insalubridade para Agentes de Saúde é retirado de pauta
A pedido do Líder do Prefeito, vereador Argentino Filho, foi retirado de pauta o projeto que dispõe sobre o adicional extraordinário de insalubridade destinado aos Agentes de Saúde Pública, envolvidos no controle sanitário Municipal, através das ações de tratamento de enfermos, casos notificados, prevenção e repressão ao novo coronavirus.
Durante as discussões os vereadores reclamaram da falta de clareza do projeto e o Líder pediu a retirada de pauta para algumas correções.
Enfermeiros de Tauá também cobram vantagens salariais
A enfermeira Fernanda Borges também participou da sessão virtual para reforçar o pleito da categoria por melhorias salariais e reconhecimento de trabalho por parte da gestão municipal. Ela disse que a categoria não é contrária as gratificações para auxiliares e técnicos de enfermagens, agentes de saúde e outros profissionais, mas ressaltou a necessidade de uma atenção maior para a classe dos enfermeiros e das parteiras.
Fernanda lembrou que em 2017, os profissionais de enfermagem recebiam um salário de R$ 3.027,00, e a gestão promoveu uma redução para R$ 2.500,00, valor que permanece até os dias atuais e acrescentou que se houvesse um aumento de 40%, ganharia o mesmo salário que era pago em 2014. A defesagem salarial dos enfermeiros de Tauá requer uma providência da gestão municipal.
"Os enfermeiros estão decepcionados por não estarem sendo incluídos nesses projetos que concedem gratificações para algumas categorias da saúde e espera que haja mais união na classe", disse Fernanda Borges, ao agradecer o convite da Câmara para debater sobre a situação.
Assista a sessão!